No entanto, a Sérvia terá que pagar pelas obras da reparação e modernização dos aviões que, segundo o próprio presidente sérvio, custarão de 180 a 230 milhões de euros. Mesmo com isso, a oferta da Rússia é considerada muito vantajosa por especialistas consultados pela Sputnik Sérvia.
Nenad Miloradovic, assessor do ministro da Defesa sérvio, destaca que o projeto de financiamento permite modernizar e aumentar o prazo de funcionamento para 30 anos destes seis caças russos e mais quatro que o país já possui.
"Além dos aviões, que serão modernizadas até à classe 4+, a Sérvia receberá da Rússia como presente os mísseis mais modernos da classe ar-ar de médio alcance com pontaria de laser, mísseis terra-ar também com pontaria de laser e bombas aéreas. Tomando em conta tudo isso, a modernização da nossa Força Aérea nos custará três a cinco vezes menos do que aos nossos vizinhos na região", destacou Miloradovic.
Dragan Katanic, tenente-coronel-general aposentado, ex-comandante da Força Aérea e Defesa Antiaérea das Forças Armadas sérvias, lembrou que já há 50 anos que toda a infraestrutura e equipamento de que dispõe o país são de origem russa, ou seja, da União Soviética, por isso a decisão de continuar usando os aviões de fabricação russa é bem justificada. Os pilotos não terão que passar por tantos treinamentos e não será preciso gastar dinheiro comprando novo equipamento. Além disso, o ex-comandante frisou que por suas caraterísticas técnicas os aviões russos não ficam em nada atrás dos ocidentais.
"Todos os pilotos que sabem pilotar MiG-21, que a Força Aérea sérvia já tem há muitos anos, podem num prazo curtíssimo aprender a voar nos MiG-29", assegurou Dragan Katanic.