As ações incluem ainda parcerias entre as redes de ensino e equipes de saúde para avaliar, pelo menos uma vez por ano, o estado nutricional dos alunos da educação básica. A meta é alcançar 144 mil escolas neste ano e reduzir um índice preocupante: de acordo com uma estatística da Organização Mundial da Saúde, 33,5% das crianças do país têm sobrepeso e 8% são obesas.
"Nosso panorama é preocupante. Esta alta taxa de obesidade pode nos trazer, em pouco tempo, crianças com doenças que não tinham antes como diabetes, colesterol alto, problemas metabólicos, etc. Essas ações [de conscientização] tem que ser feitas pra ontem", afirma a acadêmica.
Eficácia limitada
No entanto, o alcance da medida por hora, será reduzido. Como o programa vale apenas para escolas públicas, estabelecimentos particulares, por hora, não precisam se adequar à regra. Com isso, deixa assim, de abarcar 21,5% (de acordo com o Censo Escolar 2016) do corpo discente na educação básica. Mas existem estratégias para amenizar o problema da obesidade por meio de medidas paliativas.
"É um processo. Do contrário, a criança pode até não comer [alimentos processados] na escola, mas pode comprar nos arredores, em casa, ela vai ter acesso. Esta conscientização pela alimentação saudável começa com o diretor, com o professor, com a pessoa que manipula o alimento na escola", avalia.
"[A proibição da venda de salgadinhos e refrigerantes] o início. No curto prazo, tem mais efeito de alerta e sensibilização. A mudança de mentalidade vai acontecer a longo prazo. 70% das crianças e adolescentes obesos são adultos obesos, mas é possível que no futuro, graças à essa iniciativa, tenhamos uma redução", completa Luane.