Reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira cita uma fonte que acompanhou o depoimento, e a mesma fonte diz que Funaro destacou o conhecimento de Temer, que presidiu o PMDB entre 2001 e 2016, das doações ilegais recebidas pelo partido. O grau de conhecimento, porém, não foi mencionado pela fonte.
Ao longo de quarto horas, Funaro também negou ter recebido dinheiro de propina do empresário Joesley Batista, da holding J&F – a mesma que controla o frigorífico JBS –, que em delação premiada mencionou estar pagando o doleiro e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca do silêncio de ambos.
A irmã do doleiro, Roberta Funaro, foi presa com uma mala com R$ 400 mil, dinheiro que os investigadores suspeitam que seria fruto de pagamento de propina. Funaro negou a tese e disse que os recursos são fruto de pagamentos por serviços prestados legalmente.
Nas últimas semanas, Funaro – visto como um aliado antigo de Cunha – contratou um advogado especializado em delações premiadas, o que fez crescer a expectativa de que ele possa colaborar com as investigações da Operação Lava Jato, possivelmente fornecendo informações que possam complicar Temer e pessoas próximas a ele.
Ao Globo, a assessoria de Temer negou que o presidente tivesse conhecimento de qualquer doação de origem ilícita ao PMDB.