"Desde então, estou a par desses relatórios, mas não posso confirmar a informação a 100%", declarou Lavrov a jornalistas.
Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia russa sugeriu não sobrestimar a eventual eliminação do cabecilha terrorista.
"As ações que têm como objetivo destruir, decapitar os grupos terroristas, costumam ser apresentadas com muito entusiasmo e pompa, mas a experiência demostra que essas estruturas restabelecem logo sua capacidade de combate", assinalou Lavrov.
De acordo com o senador russo Aleksei Pushkov, a morte do líder do Daesh aceleraria a derrota dos terroristas.
"A morte de Abu Bakr al-Baghdadi seria um golpe duro para o Daesh, se esta for confirmada. O grupo está recuando em todas as frentes. A morte do seu líder aceleraria sua derrota militar", escreveu ele no Twitter.
O vice-presidente do Comitê Internacional do Conselho da Federação (Senado) russo, Andrei Klimov, sublinhou que a morte do líder debilitaria o Daesh, mas não determinaria o final da luta contra o terrorismo.
A possível morte de Abu Bakr al-Baghdadi poderia contribuir para a libertação de Raqqa, proclamada pelos terroristas como a capital do Daesh, de acordo com o senador russo Viktor Ozerov, presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, entrevistado pela Sputnik.
Ao mesmo tempo, o especialista russo em assuntos militares, Viktor Murakhovsky, questionou o fato de Abu Bakr al-Baghdadi ser o verdadeiro líder do Daesh.
"Poderia ter estado ali no momento do ataque aéreo russo e poderia ter sido assassinado, mas isto não teria nenhum impacto sério no desenvolvimento do conflito na Síria", afirmou Murakhovsky à Sputnik.
De acordo com o analista, sendo uma organização terrorista, o Daesh opera melhor como uma estrutura de redes.
"Al-Baghdadi não é o comandante-em-chefe, não dá ordens ao Estado-Maior que planeja as operações militares […] Os grupos que se comprometeram ser leais ao Daesh são bastante autônomos. Abu Bakr al-Baghdadi é, digamos, seu líder ideológico. Não dirige operações militares", explicou.
A reportada morte de Abu Bakr al-Baghdadi não desorganizaria as fileiras do Daesh, afirma o especialista militar egípcio, general Nabil Fuad.
"Isto não conduziria a um avanço estratégico. Estas organizações se baseiam no princípio de liderança rotativa no caso da morte de seu líder […] Possivelmente, a morte de al-Baghdadi teria um impacto negativo no estado moral dos terroristas", afirmou Fuad à Sputnik.