Cientista político-militar: operação em Mossul é vergonha do exército dos EUA

© REUTERS / Zohra BensemraUma parte da cidade de Mossul em 7 de março de 2017
Uma parte da cidade de Mossul em 7 de março de 2017 - Sputnik Brasil
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Os militares do Iraque entraram na região da cidade antiga de Mossul, comunica o representante da coalizão internacional liderada pelos EUA, Brett McGurk.

O cientista político-militar russo, Oleg Glazunov, disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que a operação para a tomada da cidade de Mossul virou um grande problema para a coalizão internacional.

"As forças do Iraque entraram na madrugada de hoje [20 de junho] no território da cidade antiga de Mossul, a última região da cidade que está sob controle do Daesh", escreveu Brett McGurk na sua conta oficial de Twitter.

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Anteriormente, um bairro da cidade velha tinha sido libertado do Daesh. O assalto ao território da cidade onde se encontram as forças do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e muitos outros países) pelo exército iraquiano começou na sexta-feira, 16 de junho.

A região da cidade antiga de Mossul permanece agora como último ponto forte do Daesh na segunda maior cidade do Iraque. O avanço das forças governamentais nessa região é difícil por causa do traçado da cidade antiga com ruas muito estreitas.

A operação para libertar a cidade de Mossul foi iniciada em outubro do ano passado. O exército iraquiano foi apoiado pela coalizão internacional liderada pelos EUA. Desde o início da operação, mais de 862 mil pessoas deixaram a cidade.

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O cientista político-militar Oleg Glazunov, docente da Universidade de Economia Plekhanov russa, disse que é bastante cómico ouvir falar sobre Mossul, porque há muito tempo que os americanos tentam libertar a cidade.

O especialista frisou que o orçamento militar dos EUA é 10 vezes maior que o da Rússia, também as forças da coalizão são apoiadas no Iraque pelos curdos, turcos e outros. "A Rússia ajuda com sucesso o exército sírio", mas a operação em Mossul "é uma desgraça para o exército os EUA".

O especialista acrescentou que as ações ineficazes da coalizão internacional dão mesmo uma imagem negativa do exército dos EUA.

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"Não é claro se eles não conseguem ou não querem. Tomar a parte antiga da cidade é difícil. Cada pessoa que alguma vez visitou o oriente sabe que uma cidade antiga são ruas estreitas, uma rede de tuneis subterrâneos ramificada, etc. Mas até quando se deve adiar a libertação de Mossul? A imagem do exército dos EUA aos olhos [dos países] do Oriente Médio decaiu. Eles veem – onde está o exército russo há vitória, onde estão os norte-americanos há sempre algo de errado", concluiu o especialista.

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