“Indeferi por falta de provas”, declarou Souza, por meio da sua assessoria de imprensa. Ao G1, o peemedebista disse acreditar que Aécio foi alvo de uma “armação”. Ele já havia indicado o posicionamento em uma entrevista anterior, ao jornal O Estado de S. Paulo.
A representação, que pede abertura de processo por quebra de decoro do tucano, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, foi apresentada em maio pela Rede e pelo PSOL e havia sido recebida na segunda-feira (19) por Souza.
O presidente do Conselho de Ética declarou ainda que qualquer integrante do conselho – que conta com 15 membros – tem até dois dias úteis para recorrer da decisão, desde que conte com o apoio de cinco parlamentares.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos autores da representação, já anunciou que está buscando o apoio dos membros do conselho a fim de impedir o arquivamento.
Aécio Neves está afastado do cargo, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por seu envolvimento nas delações premiadas de Joesley e Wesley Batista, donos da J&F, que por sua vez é dona do frigorífico JBS. O tucano teria recebido dinheiro para atuar em favor dos interesses dos empresários.
Especula-se que uma das razões para o PSDB, partido que Aécio ainda é o presidente (ainda que licenciado), não deixar o governo do presidente Michel Temer (PMDB) é a ajuda prometida pelos peemedebistas no Conselho de Ética do Senado.