De acordo com um informe publicado pelo Ministério do Interior britânico, o governo enfrenta “um problema intransponível para deportar jihadistas perigosos, o que leva a uma série de ataques terroristas na Grã-Bretanha inspirados pelo Daesh”.
Solicitado pela primeira-ministra britânica Theresa May, o informe aborda ainda a estratégia a ser adotada pelo país para expulsar potenciais terroristas, o que é chamado de “Deportação com Garantias”.
Sob tal doutrina, o Reino Unido pode deportar pessoas suspeitas apenas em caso de que existam garantias que essas mesmas pessoas não serão torturadas ou maltratadas em seus países de origem.
De acordo com a reportagem, os tribunais britânicos “evitavam com êxito a expulsão de estrangeiros suspeitos de terrorismo aos seus países de origem”, com base em uma doutrina edificada nas leis sobre a defesa dos direitos humanos.
Um caso mencionado envolve os jihadistas envolvidos no ataque a bomba fracassado de 2005 no país, que foram presos no Reino Unido, mas que acabaram conseguindo não ser deportados e foram libertados após cumprirem as suas penas atrás das grades.
Nos três mais recentes ataques terroristas inspirados pelo Daesh no Reino Unido (Westminster Bridge, London Bridge e Manchester Arena), 35 pessoas morreram. Outra vítima morreu em um ataque contra uma mesquita em Finsbury Park na última segunda-feira.