Em entrevista ao Krasnaya Zvezda (Estrela Vermelha, em russo), jornal oficial do Ministério da Defesa da Rússia, o general Viktor Bondarev revelou que o primeiro dos Tu-160M2 decolará na primavera para realizar voos de teste, acrescentando que a Força Aeroespacial russa espera receber entre três e quatro aeronaves deste tipo anualmente. Além disso, serão modernizados os 16 Tu-160 Bely Lebed (Cisne Branco) que já estão em serviço.
O analista militar e colaborador do jornal Svobodnaya Pressa, Vladimir Tuchkov, escreve que a declaração do chefe da Força Aeroespacial da Rússia sobre as próximas provas indica que o prazo para a entrega do Tu-160M2 aos militares foi reduzido drasticamente.
"O Tu-160M2 supera todos os bombardeiros estratégicos do mundo em quase todas as características de combate, incluindo o B-2 Spirit norte-americano", afirma Tuchkov.
Se bem que o B-2 é um avião furtivo, o Tu-160 tem poucas razões para se ocultar: seus mísseis podem voar a uma distância de até 5.500 km, ou seja, a partir de longe do alcance de qualquer defesa aérea. Mesmo em março de 2016, antes de se ter anunciado a sua modernização, o colaborador da National Interest, Dave Majumdar, notava que o Tu-160 supera os seus análogos norte-americanos "com uma combinação de velocidade e de mísseis de cruzeiro nucleares".
De acordo com Tuchkov, com base na informação disponível se pode resumir que, durante o processo de modernização dos Tu-160, o que restará será apenas a fuselagem.
"Tudo o resto será totalmente novo. Até mesmo se modernizará o sistema de propulsão", assegura ele.
O analista ressalta o benefício resultante do fato de o Tu-160M2 e o PAK-DA sejam desenvolvidos paralelamente. Assim, se vão estreando pouco a pouco as tecnologias mais avançadas que depois serão implementadas no bombardeiro da próxima geração.