O relatório sobre a viabilidade de tal decisão foi elaborada pela Força Aérea dos EUA e o seu veredicto não foi otimista, indica o portal Military citando fontes militares. Qualquer planos de "ressuscitar" o Raptor "bate" contra a parede de um preço altíssimo, destaca o portal.
Para obter 194 aeronaves, são necessários cerca de 10 bilhões de dólares (para redefinir a linha de produção) e outros 50 bilhões (para os próprios aviões), cada um custando cerca de 210 milhões de dólares.
A mesma Força Aérea, por sua vez, se opôs desde o início à iniciativa, optando pela "fusão" dos F-22 já existentes com os F-35, para aumentar a capacidade de combate conjunto.
O F-22 realizou seu primeiro voo em 1990 e entrou em produção em série em 2005. Devido ao longo tempo decorrido desde a concepção até à conclusão do projeto, as tecnologias do caça, embora ainda superiores à geração anterior, já se tornam de alguma forma desatualizadas, considera o especialista militar Dave Majumdar em seu artigo para a revista The National Interest.
Pior ainda, a maior parte dos componentes necessários à produção "não foram produzidos durante décadas" e, por isso, seria um investimento "muito caro" para o Pentágono restabelecer as linhas de produção de componentes obsoletos.
A empresa de análise Rand estudou em 2010 as possibilidades de lançar a modernização dos Raptor, calculando o preço de 75 aviões em 20 bilhões, sem contar com os custos da formação de trabalhadores, introdução de novas tecnologias furtivas e treinamento de pilotos adicionais.
"Não vão produzir o mesmo caça que antes, e por isso o preço aumenta. Querem um novo avião 'antigo' ou um novo avião melhorado?", disse um analista em matérias de defesa entrevistado pelo portal Militar.
Apesar de tudo, os EUA seguem promovendo os F-35 nos mercados de seus aliados, procurando compensar o enorme preço do programa e de fabrico de cada unidade.
Quanto aos F-22, recusar-se a dar uma segunda vida a estas aeronaves significa que, de fato, os pioneiros de quinta geração de caças de combate enfrentam pela primeira vez a noção de "obsoletos".