O informe do governo federal não aborda o motivo para o cancelamento da viagem, mas ela acontece em meio à crise política enfrentada por Temer, denunciado nesta semana por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos bastidores, muitos assessores do presidente brasileiro advogavam pela sua não ida à Europa, onde já havia a expectativa de um encontro de Temer com a primeira-ministra alemã, Angela Merkel.
O encontro do G20, que reúne os países donos das 20 principais economias do planeta, também ofereceria uma oportunidade de Temer se encontrar pela primeira vez com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora tal encontro não tivesse sido anunciado.
No ano passado, o peemdebista participou do encontro do G20, realizado na China. Ele havia embarcado horas após o Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff (PT), tornando-o o presidente efetivo do Brasil.
A permanência de Temer no país acontece em meio à disputa política em torno da denúncia feita pela PGR, que será analisada pela Câmara dos Deputados, e a tentativa de aprovação da Reforma Trabalhista antes do recesso parlamentar no Senado.