"O Cardeal Pell está enfrentando múltiplas acusações em relação a crimes sexuais históricos. Há vários reclamantes relacionados a essas acusações", disse o vice-comissário da polícia estadual, Shane Patton, em entrevista coletiva em Melbourne.
Entrevistado em outubro do ano passado em Roma pela polícia da Austrália, Pell negou todas as acusações. Segundo a Agência AFP, os casos envolveriam pedofilia.
As acusações de Pell vieram nas fases finais de um longo inquérito nacional sobre as respostas institucionais ao abuso sexual infantil, que foi ordenado pelo governo em 2012.
O cardeal apareceu perante a comissão real três vezes, uma vez pessoalmente e duas vezes via video-link, durante o qual ele admitiu que "falhou" em lidar com sacerdotes pedófilos no estado australiano de Victoria, na década de 1970.
Pell foi convocado a comparecer perante a Corte de Melbourne no próximo dia 18 de julho, completou Patton.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Arquidiocese Católica de Sydney afirmou que o cardeal negou "vigorosamente" todas as acusações.
Aos 76 anos, o cardeal foi sacerdote na cidade vitoriana rural de Ballarat antes de ser nomeado arcebispo de Melbourne. Pell foi ordenado em Roma em 1966 antes de retornar à Austrália em 1971 e se tornar o principal oficial católico da nação.
Ele partiu para o Vaticano em 2014 depois de ser escolhido pelo Papa Francisco para tornar as finanças da igreja mais transparentes.