"Estou sempre lá, onde estiver a seleção mexicana. Eu não perco as grandes competições desde o ano de 2006", revela o torcedor. "Eu viajo pela América Central e do Sul, pela Europa, África. […] Mais, pela surpresa minha, foi só desta vez que os amigos se indignaram, dizendo: 'Você é louco ou quê, quer na verdade ir à Rússia?' Lá é perigoso, está frio e as pessoas duras nunca entenderão sua alegria", adiantou.
Vicente diz que os mexicanos, verdadeiramente, têm ouvido muita coisa ruim tanto sobre a URSS, como sobre a Rússia contemporânea.
"Na TV, vocês são retratados como fortes, mas frios, chateados, alguns têm uma atitude negativa para com o mundo. […] Mas eu fiquei pasmado. [Os russos] nos ajudavam, dançavam, cantavam, bebiam e torciam conosco, e agora fico mandando mensagens para os meus amigos que ainda duvidam, e lá digo o mesmo: ‘Você tem que estar na Rússia na Copa do Mundo de 2018", confessa.
O torcedor afirmou que as cidades russas, tais como Kazan e Sochi, o deixaram extremamente bem impressionado e acrescentou que teve apenas problemas mínimos durante sua estadia na Rússia.
"Em primeiro lugar, os voluntários e a polícia em particular experimentam dificuldades em falar inglês. […] Mas eu quero dizer que eles não nos ignoravam, tentavam encontrar uma solução, buscavam pessoas, ligavam para seus amigos e resolviam a questão", afirmou.
O torcedor confessou que há uma história que o continua deixando emocionado até hoje. Esta se deu na cidade de Kazan, quando a equipe mexicana derrotou a seleção russa, e, como revelou Vicente, os fãs mexicanos ficaram com medo de serem agredidos pelos "hooligans" russos indignados.
Terminando a conversa, Vicente assegurou que ficou apaixonado pela Rússia e vai certamente voltar no ano que vem para torcer pela sua seleção na Copa do Mundo de 2018.