Acredita-se que a torre faça parte do altar Huey Tzompantli, um conjunto massivo de crânios que assustou os colonizadores espanhóis quando invadiram a cidade no século 16, liderados por Hernan Cortes. As cabeças dos lutadores perdedores adornavam a Tzompantli ou paredes de crânios, que foram encontradas em várias culturas mesoamericanas antes da descoberta pelos espanhóis.
O que surpreendeu mais os cientistas foi o fato de que entre os crânios da torre há também femininos e infantis. Isso põe em questão tudo o que os especialistas sabiam sobre as tradições dos astecas.
"Esperávamos encontrar apenas crânios de homens, principalmente jovens, possíveis guerreiros, pois não pensávamos que mulheres e crianças lutassem", disse Rodrigo Bolanos, antropologista biológico, que investiga os achados.
"Está acontecendo algo de que não temos dados, isso é realmente novo, pela primeira vez no Huey Tzompantli."
Os astecas e outras culturas mesoamericanas realizavam rituais de sacrifício humano, onde as vítimas eram oferecidas ao Sol. O Huey Tzompantli, com diâmetro de cerca de 6 metros, está situado perto da capela de Huitzilopochtli, deus do Sol e de guerra dos astecas.