A atividade solar é definida pelo número de manchas e explosões na superfície do Sol, bem como pelas mudanças do campo magnético do astro. O ciclo solar é de aproximadamente 11 anos. Este período é caracterizado por tempestades geomagnéticas mais fortes e frequentes, que causam tanto problemas técnicos, como afetam a saúde das pessoas.
Os cientistas explicam que, há pouco tempo, o Sol estava na fase do chamado máximo solar, sendo sua atividade mais alta do que a norma de muitos anos. No entanto, o ciclo atual, o 24º, que começou em janeiro de 2008, veio a ser extraordinariamente fraco, fazendo com que os astrônomos chegassem a pensar que o Sol teria entrado em "hibernação", mas o reinício de sua atividade em 2015 excluiu tal possibilidade.
Yvonne Elsworthm e seus colegas descobriram os primeiros sinais das mudanças fundamentais nas profundezas do Sol, nomeadamente no campo magnético, baseando-se nos dados, recebidos durante as observações pelo observatório de Birmingham BiSON desde 1985.
Durante este período, três ciclos solares foram completos. Um deles, o 22º, foi normal, enquanto os dois últimos extremamente fracos.
Como mostraram as observações, no fundo do corpo celeste está acontecendo de fato algo extraordinário. Assim, as fotos do BiSON indicam que a camada, onde surgem campos magnéticos perto da superfície, está cada vez mais fina, o que afetou o comportamento das manchas na superfície solar.
Cientistas ainda não sabem a razão destas anomalias, bem como se elas continuarão acontecendo no próximo ciclo, que começa em dois anos.
Caso as tendências do 24º ciclo continuem, então, de acordo com os astrônomos, é provável que se repita o mínimo de Maunder, o período da atividade extremamente baixa no Sol entre 1645 e 1715, com o qual associam os invernos mais rigorosos e longos que coincidiram com o fenômeno espacial.