A pesquisa foi publicada em um artigo da revista Nature Geoscience.
"Habitualmente as grandes fontes de energia sustentam grande quantidade de micróbios e a comida 'má' não representa interesse para ninguém. Se verificou que, para o Acidianus, a situação é diferente", conta Everett Shock da Universidade do Estado do Arizona em Tempe (nos EUA).
O estudo de tais micróbios, supõem os cientistas, ajudará a perceber quais são as chances de surgimento da vida fora da Terra e em que condições ela pode decorrer. Vários destes micróbios podem crescer e se reproduzir, por exemplo, nas camadas profundas do solo de Marte ou nas águas das luas de Saturno ou de Júpiter.
A razão porque estes micróbios são tão parcimoniosos e preferem viver em condições de défice energético, Shock e seus colegas não revelam. Mas os cientistas supõem que isto pode estar ligado com a acessibilidade da comida.
Tudo isso mostra que nem todos os seres vivos na Terra e fora dela usam a comida mais rica em calorias para se alimentar. Este descobrimento, segundo Everett Shock, pode mudar a nossa percepção sobre a vida extraterrestre e sobre onde a buscar.