A Coreia do Norte realizou em 3 de julho o lançamento de um míssil balístico em direção ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste). A TV estatal norte-coreana afirmou que o teste do Hwasong-14 fora bem-sucedido.
O Japão qualificou o ensaio como violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, declarando um protesto.
De acordo com Vladimir Batyuk, chefe do Centro de Pesquisas Político-Militares do Instituto dos EUA e Canadá (Academia de Ciências da Rússia), o recente lançamento do míssil, que supostamente atingiu a altitude de 2,5 mil quilômetros, é "mais uma prova de que a Coreia do Norte possui tecnologias que permitem atacar o território dos EUA."
Segundo Vladimir Batyuk, é muito possível que Washington tome medidas de resposta ao teste norte-coreano, nomeadamente, participando de exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.
"Terá lugar uma reação negativa, provavelmente um deslocamento de tropas ou talvez realizem novos treinamentos conjuntos com a Coreia do Sul. Mas, como mostram os casos anteriores, tais ações não contribuem para tendências pacíficas em Pyongyang, muito pelo contrário", afirmou Vladimir Batyuk.
A divulgação pública sobre o lançamento no dia do teste é um caso excepcional na Coreia do Norte: antes os testes eram anunciados no dia após o lançamento. Os dados sobre o voo do míssil quase coincidiram com as avaliações dos militares sul-coreanos.
O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, afirmou que o míssil lançado é de médio alcance e não intercontinental.