Entretanto, sublinhou o analista, o objetivo principal de Varsóvia é alcançar o status de "amigo número um" dos EUA na Europa Oriental. De acordo com Konovalov, a Polônia deseja ser o principal "promotor" da política americana na região para poder, deste modo, ditar as condições ao resto dos países da zona.
"A instalação de um maior número de tropas americanas no território polonês deverá confirmar este status", explicou.
Ao mesmo tempo, é pouco provável que os EUA aumentem seu contingente neste país europeu, posto que isto resultará demasiado dispendioso para o orçamento americano. Ademais "já mostraram à Polônia que as suas tropas estão lá para proteger o país da mítica ‘ameaça russa'", observou o especialista.
"Se seguirem as demandas dos poloneses, estes podem exigir a presença de 100 mil militares americanos no seu território. E esta é uma enorme soma de dinheiro", concluiu.
"Me agrada que tenhamos instalados soldados americanos, espero que venham mais", declarou ele em uma entrevista à agência polaca PAP.
Para além disso, prometeu negociar com o líder americano, Donald Trump, que chegou a Varsóvia em visita oficial — sobre o reforço do flanco oriental da OTAN.
Atualmente, no território polaco está instalada uma brigada mecanizada que conta com 3.500 efetivos americanos. Em julho do ano passado, a OTAN aprovou a instalação de 4 batalhões multinacionais, de 600 a 1.000 militares em cada um, na Polônia, como medida da política "de contenção da Rússia".