"Esperamos que essa expressão, e o acordo negociado com o Governo, o ajudem em seus esforços para iniciar um novo e esperançoso capítulo em sua vida com seus colegas canadenses", afirmaram as autoridades locais em comunicado conjunto.
A Suprema Corte canadense decidiu em 2010 que Khadr foi interrogado em "circunstâncias opressivas" e que o Governo era cúmplice desses abusos durante sua detenção.
Afeganistão
O pai de Khadr, Ahmed, levou sua família com ele para o Afeganistão em 1996, quando Omar tinha 10 anos. No início de 2002, Khadr tornou-se filiado ao líder sênior da Al-Qaeda no país, Abu Laith al-Libi. Em agosto do mesmo ano, Khadr, com 15 anos de idade, esteve envolvido em um tiroteio contra quatro soldados estadunidenses. O sargento Christopher Speer ficou ferido na ocasião e morreu duas semanas depois.
Em 2010, após oito anos de confinamento, o então já ajulto Khadr declarou-se culpado de crimes de guerra e foi condenado a mais oito anos de prisão. Ele foi transferido para o Canadá dois anos depois de sua sentença e serviu mais dois anos e meio em uma prisão de segurança máxima local. Ele foi libertado sob fiança em maio de 2015.
"Eu tenho muita experiência com dor e aprecio a dor", disse Khadr à imprensa canadense. "Com o meu passado, não sei quem vai se sentir confortável em me contratar."
O assunto divide o Canadá. Andrew Scheer, líder da oposição conservadora no Parlamento, chamou a decisão de "nojenta" e uma "bofetada na cara". O grupo Federação Canadense dos Contribuintes organizou uma petição com mais de 50.000 assinaturas contra o pagamento de qualquer valor ao ex-preso de Guantánamo.