As mudanças nas camadas de geleiros foram detectadas com um satélite da missão Crysoat da ESA.
O iceberg que se poderá formar terá uma superfície de 6.000 km2. A rachadura de 200 km de comprimento foi detectada no fim do ano de 2016. Se o desprendimento acontecer, isso resultaria no aparecimento de um iceberg com 190 metros de altura e 1.155 quilômetros cúbicos de gelo que poderá representar perigo para a navegação marítima, adverte a ESA.
"Ainda não estamos seguros do que vai acontecer em relação a este iceberg. Podem se desprender vários blocos e se dividirem pouco depois de se soltarem. Seja inteiro ou em fragmentos, as correntes oceânicas podem arrastá-lo para norte, chegando até às ilhas Malvinas. Assim, poderia colocar em risco a passagem dos navios pela Passagem de Drake", explica a pesquisadora Anna Hogg, da Universidade de Leeds.
Ainda não estão claras as causas deste fenômeno: pode ser um resultado das mudanças climáticas, inclusive do aquecimento global, ou, como destacam os cientistas, pode se tratar de um processo normal que passa nos geleiros da Antártida.