Espera-se que este complexo, equipado com um projétil balístico pesado de 100 toneladas, substitua em um futuro próximo os sistemas de mísseis soviéticos RT-23 Molodets, transportados em ferrovias.
O primeiro ensaio do novíssimo complexo foi efetuado em novembro passado na base de Plesetsk. Prevê-se que o desenvolvimento do sistema Barguzin termine no ano que vem, enquanto o primeiro ensaio estatal se realizará em 2019.
De acordo com o especialista, os novos sistemas superam seu antecessor soviético no que se trata de alcance, de precisão, bem como em outras caraterísticas importantes, como a capacidade de evitar qualquer sistema de defesa antimísseis.
Tuchkov sublinhou que inicialmente era o Pentágono que tinha o intuito de desenvolver um sistema de mísseis deste tipo, mas não conseguiu. Por exemplo, na década de 60, os EUA tentaram fabricar 30 complexos de mísseis transportados em estradas de ferro, com 150 mísseis no total. Entretanto, devido ao custo do projeto, este foi encerrado dois meses mais tarde.
Os sistemas soviéticos RT-21 Molodets eram constituídos por 17 vagões e 3 locomotivas poderosas. De acordo com Tuchkov, naquela época, "não tinha igual nem na URSS, nem no mundo".
Os Molodets também contavam com um lançador de mísseis avançado, que não danificava nem o próprio trem nem as vias férreas.
Ademais, os sistemas de controle de voo desenhados nos anos 80 permitiam realizar lançamentos de qualquer ponto da rota do RT-23 em somente três minutos após receber a ordem por parte do Estado-Maior.
No entanto, em 1991, os EUA levaram a cabo uma campanha com vista ao desarmamento do arsenal nuclear estratégico da Rússia e, particularmente, impedir o financiamento dos sistemas Barguzin. Como resultado, após a celebração do tratado START II em 1993, a Rússia foi obrigada a destruir todos os mísseis RT-23.