Este assunto preocupou muito Israel, o jornal israelense Yediot Ahronot publicou uma intervenção, citando o ministro da Educação de Israel, onde se declara que Israel está sabendo dos planos do Irã e considera a possibilidade de realizar um ataque preventivo, pois essas fábricas são uma ameaça.
A Sputnik Persa falou com o analista experiente Emad Abshenass, editor-chefe do jornal Iran Press, e soube dos possíveis cenários da situação.
O analista declarou que este assunto não é uma novidade, porque já em março deste ano um jornal do Kuwait falou disso. No entanto, o ministro da Defesa iraniano, Hossein Dehghan, descartou essas informações e disse que não é o Irã que constrói estas fabricas, mas o grupo libanês Hezbollah, que apenas satisfaz suas necessidades de armamentos e defesa para resistir às ameaças externas. E ninguém pode comentar ou discutir um assunto interno do Líbano, inclusive Israel.
"Devemos sublinhar: se Israel na realidade pudesse atacar essas fábricas, ele não discutiria isso, mas já o teria feito. Todas as declarações de Israel são apenas conversa, pois ele não pode atacar estas fábricas. Se atacar, vai receber uma resposta duríssima do Líbano e o Irã, como aliado do Hezbollah, não ficará de braços cruzados. Mas acredito que Israel não vai arriscar", disse Emad Abshenas.
"É que o corredor em questão existe há muito tempo e atinge as fronteiras da Palestina ocupada. No norte, quando os soldados israelenses acordam pela manhã, eles veem logo na fronteira retratos de Ruhollah Khomeini [líder supremo do Irã nos anos 1979-1989]. Isso revela a presença do Irã nestes territórios", afirmou o analista.
Ele explicou que este corredor foi criado pelos "corações" dos correligionários da Síria, Irã, Iraque e Líbano, e não pode ser destruído por Israel. Os esforços do Irã e sua ajuda à Síria na luta antiterrorista acabou com planos de Israel e EUA para a divisão do Iraque e da Síria, por isso Israel busca pretextos para justificar seus ataques contra posições sírias.