Em estudo publicado pelo periódico científico Microbiome, cientistas da agência pesquisam maneiras de impedir que alguns tipos de fungos se proliferem em futuras habitações humanas criadas em outros planetas, como comunidades na Lua ou em Marte.
Segundo o cientista do laboratório de propulsão a jato da NASA, Kasthuri Venkateswaran, o estudo “é o primeiro relatório sobre o microbioma de um habitat simulado para uma futura habitação humana em outros planetas”.
Pelo fato da “diversidade dos fungos em geral muda quando os humanos estão presentes”, continuou Venkateswaran, é preciso entender melhor o impacto disso no caso da presença de humanos em outros ecossistemas espaciais.
Em simulações, os cientistas atentaram que determinados tipos de fungos, como os que causam alergias, asma e infecções na pele, aumentam enquanto os seres humanos estão em ambientes simulados para o espaço.
Assim, o estresse causado pela permanência no espaço – notada em astronautas – pode levar a uma queda da resposta imunológica, o que facilitaria a vulnerabilidade aos fungos, que “podem sobreviver a condições difíceis, como desertos, cavernas ou regiões de acidentes nucleares e são conhecidos por serem difíceis de erradicar em outros ambientes”, explicou Venkateswaran.
É grande a expectativa pelo avanço de tal estudo, uma vez que a NASA trabalha com a meta de mandar o homem a Marte até 2030, com a previsão de instalar uma base no Planeta Vermelho.