A sessão de votação da reforma trabalhista no plenário foi retomada após seis horas de paralisação por conta de protestos de senadoras da oposição. A votação foi a última etapa antes de o texto seguir para sanção do presidente.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao encaminhar seu voto, classificou como "vergonha" o que acontece na nação brasileira e no parlamento, com o avanço da reforma trabalhista do governo Temer. Segundo ela, a matéria precisa ser mais debatida e afirma que estão sendo retirados direitos dos brasileiros.
"A classe dominante deste país não tem projeto para o país", disse a senadora, acrescentando que Michel Temer é um presidente "de quinta categoria".
Em tumultuada sessão, o texto principal da reforma trabalhista foi aprovado por 50 votos a 26. Houve uma abstenção.
Junto com a reforma da Previdência, a reforma trabalhista é uma das principais apostas do governo Michel Temer para o sucesso da sua agenda econômica. Segundo o presidente e demais defensores da medida, o mercado de trabalho brasileiro precisa passar por mudanças profundas para se adequar às novas realidades.
Para os opositores, entretanto, a reforma tirará direitos e garantias históricos do povo brasileiro, deixando o trabalhador mais vulnerável e só gerando benefícios para os empregadores.