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Sessão para votar reforma trabalhista começa tumultuada no Senado

© Lula Marques / AGPTPresidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) - Sputnik Brasil
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Foi iniciada às 11h e interrompida pouco depois a sessão convocada para votação da reforma trabalhista no Senado. Após discursos iniciais, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que chegou atrasado, foi impedido de se sentar à mesa por senadoras da oposição, que defendem o adiamento da votação e a discussão da proposta com a sociedade.

Indignado com a atitude das parlamentares Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Fátima Bezerra (PT-RN), Eunício interrompeu a sessão, ordenando que as luzes fossem apagadas e os microfones desligados.

 

Sem a transmissão da TV, neste momento, a senadora Gleisi Hoffmann mostra o que está acontecendo no local através de sua conta no Facebook:

Tentando encontrar uma solução para a retomada da sessão, cuja ordem do dia foi antecipada das 16h para as 11h, o presidente do Senado convocou uma reunião no gabinete da Presidência com outros senadores. Entre as possibilidades discutidas está a de que a votação ocorra em outro local.

Do lado de fora do Congresso, vários sindicalistas e ativistas protestam contra o texto da reforma, afirmando que a mesma irá tirar uma série de direitos dos trabalhadores. Manifestantes que tentaram entrar na Casa para acompanhar de perto a votação foram impedidos pela polícia, atitude condenada por muitos parlamentares, até porque, segundo testemunhas, representantes de entidades patronais foram autorizados a entrar.

Apresentada pelo governo, a proposta de reforma, que prevê mudanças em mais de 100 trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é descrita pelo presidente Michel Temer e seus aliados como um projeto que irá modernizar o mercado de trabalho brasileiro, flexibilizando as relações entre funcionários e patrões e criando mais empregos. Já os críticos da PLC 38/2017 afirmam que essa tal modernização é, na verdade, um ataque a direitos históricos dos trabalhadores, que perderão garantias, benefícios, estabilidade e segurança com a flexibilização das leis trabalhistas.

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