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Gleisi Hoffmann: Moro condenou Lula sem provas

© Waldemir Barreto/Agência SenadoSenadora Gleisi Hoffmann
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A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, criticou duramente em plenário a decisão do juiz Sérgio Moro de condenar o ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a parlamentar, a decisão foi tomada sem se basear em provas, com o objetivo único de impedir a candidatura do ex-chefe de Estado em 2018.

Hoffman acusou Moro de se articular com grandes meios de comunicação e outros grupos para tirar Luiz Inácio Lula da Silva da vida política, uma vez que ele vem liderando todas as pesquisas de intenção de voto para a próxima eleição presidencial.

"Lá no fundo, eu achava que o juiz Sérgio Moro daria valor à sua trajetória, ao seu diploma, àquilo que aprendeu na universidade, e inocentaria o presidente Lula, pelo fato de não ter absolutamente nenhuma prova contra o nosso presidente", disse ela. "Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu".

De acordo com a líder petista, a denúncia apresentada contra Lula não trouxe qualquer evidência material, apenas a delação de criminosos, que disseram ter dado vantagens ao político. 

"Juiz Sérgio Moro, não jogue o seu diploma no lixo, não jogue sua história, não jogue o curso que fez. Vossa excelência é professor de uma das maiores universidades deste país, a Universidade Federal do Paraná. Não dê mau exemplo aos seus alunos. Como vossa excelência condena o ex-presidente sem nenhuma prova?", indagou a senadora

Nesta quarta-feira, 12, Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta de supostas propinas recebidas pelo ex-presidente da empreiteira OAS, na forma de um apartamento tríplex, em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras. A defesa e o presidente negam, insistindo que não há sequer qualquer documento comprovando essas acusações.

Reforçando o discurso de Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias, também do PT, disse que o juiz estaria seguindo o "calendário político do golpe", anunciando a sentença um dia após a aprovação da reforma trabalhista no Congresso Nacional.

"Moro é um juiz fora da lei!", exclamou Lindbergh.

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