Hoffman acusou Moro de se articular com grandes meios de comunicação e outros grupos para tirar Luiz Inácio Lula da Silva da vida política, uma vez que ele vem liderando todas as pesquisas de intenção de voto para a próxima eleição presidencial.
"Lá no fundo, eu achava que o juiz Sérgio Moro daria valor à sua trajetória, ao seu diploma, àquilo que aprendeu na universidade, e inocentaria o presidente Lula, pelo fato de não ter absolutamente nenhuma prova contra o nosso presidente", disse ela. "Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu".
De acordo com a líder petista, a denúncia apresentada contra Lula não trouxe qualquer evidência material, apenas a delação de criminosos, que disseram ter dado vantagens ao político.
"Juiz Sérgio Moro, não jogue o seu diploma no lixo, não jogue sua história, não jogue o curso que fez. Vossa excelência é professor de uma das maiores universidades deste país, a Universidade Federal do Paraná. Não dê mau exemplo aos seus alunos. Como vossa excelência condena o ex-presidente sem nenhuma prova?", indagou a senadora.
Nesta quarta-feira, 12, Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta de supostas propinas recebidas pelo ex-presidente da empreiteira OAS, na forma de um apartamento tríplex, em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras. A defesa e o presidente negam, insistindo que não há sequer qualquer documento comprovando essas acusações.
Reforçando o discurso de Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias, também do PT, disse que o juiz estaria seguindo o "calendário político do golpe", anunciando a sentença um dia após a aprovação da reforma trabalhista no Congresso Nacional.
Com a sua sentença cínica, Moro colabora com a mídia e arruma assunto para que a reforma trabalhista e Temer desapareçam do noticiário.
— Lindbergh Farias (@LindbergFarias) 12 de julho de 2017
"Moro é um juiz fora da lei!", exclamou Lindbergh.