A primeira leva será de 165 vacas vindas de Budapeste, Hungria. Elas serão instaladas em uma fazenda distante cerca de 80 quilômetros de Doha. O evento tem recebido uma grande cobertura da mídia local, que apresenta as vacas como um símbolo de desafio ao boicote liderado pela Arábia Saudita.
Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Emirados Árabes Unidos cortaram laços diplomáticos com Doha, acusando o país de financiar e apoiar o terrorismo na região.
Com a predominância do clima desértico em seu território, o Qatar depende de importações de alimentos para nutrir sua população. Desde o início do impasse, Doha tem apelado para a compra de alimentos de países que não fazem parte do embargo, como Irã, Marrocos e Turquia.
O atual rebanho de 5 mil vacas fornece apenas "entre 10% e 15%" do consumo de carne e leite do país, afirma John Dore, responsável por um centro agropecuário. Segundo Dore, importações da Turquia vem suprindo a necessidade não atendida da população.
Entretanto, o Qatar pretende aumentar sua população bovina para 25 mil.
Doha tem afirmado que pode enfrentar o boicote "para sempre", caso seja necessário.