Ao mesmo tempo, segundo Janjic, é impossível comparar algumas destas agências de inteligência com tais "gigantes" como CIA, os serviços secretos britânicos MI6 ou o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND), e é evidente que os serviços dos países dos Bálcãs são apoiados por eles. A inteligência da Turquia também desempenha um papel importante no assunto, tendo presença nos Bálcãs desde o início da década de 90, mas depois do início da guerra na Bósnia deu lugar aos "colegas" sauditas. Atualmente a Turquia está a incentivar o processo de seu "retorno".
Segundo Janjic, a Sérvia está atraindo toda a atenção das agências de inteligência, tanto dos Bálcãs, como estrangeiras. "A razão para isso são as relações com Moscou, porque o 'retorno' da Rússia à região no contexto da situação global interessa a todo o mundo", disse ele.
Custa a crer, mas o Ministério de Segurança de Estado (MSS) chinês também trabalhe nos Bálcãs. A inteligência chinesa, considerada como a inteligência mais "invisível" na região, não compartilha dados com outros países e só defende os seus interesses nacionais.
"Espionagem não é o problema mais importante na região. O problema é a espionagem clandestina, ou seja, elementos de todas as agências de inteligência dos países dos Bálcãs de fato fornecem dados a concorrentes estrangeiros. Trata-se de uma enorme quantidade de dinheiro, e por isso nenhuma agência se sente em segurança enquanto as grandes inteligências as espionam por meio de pessoas recrutadas", disse à Sputnik Sérvia uma fonte de inteligência que quis manter o anonimato.
Na opinião do interlocutor, a Sérvia tem de evitar se tornar parte da rede de espionagem albano-croata, porque estes países têm muitas reclamações contra Belgrado. A inteligência do Montenegro, que se tornou um membro da OTAN, também poderá ameaçar a segurança da Sérvia.