Avaliações de imagens térmicas feitas por satélite pelo site 38 North mostram, de acordo com a publicação, que a produção de plutônio por Pyongyang cresceu no completo nuclear de Yongbyon, o principal do país, entre setembro do ano passado e junho deste ano.
“O laboratório de radioquímica operou de forma intermitente e aparentemente foram ao menos duas campanhas de reprocessamento não declaradas para produzir uma quantidade indeterminada de plutônio que pode aumentar ainda mais o estoque de armas nucleares da Coreia do Norte”, diz o site.
A mesma análise afirma ainda que tal descoberta indica que houve processamento em lote, não contínuo, de barras de combustível gasto no período de análise.
Além de plutônio, as imagens térmicas indicam que o enriquecimento de urânio (mais difícil de ser detectado) continua em andamento em Yongbyon.
“Não está claro se este foi o resultado de operações de centrífuga ou operações de manutenção. As operações de centrífuga aumentariam o inventário de urânio enriquecido do Norte; No entanto, com base apenas em imagens, não é possível concluir se a planta está produzindo urânio baixo ou altamente enriquecido”, completa o site.
Até hoje, a Coreia do Norte já conduziu cinco testes nucleares subterrâneos desde 2006, pelo menos dois deles com plutônio e o mais recente, em setembro do ano passado, com urânio enriquecido.
Segundo analistas, tais testes visam capacitar o país a produzir uma ogiva suficientemente reduzida para ser acoplada a um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), armamento que o regime norte-coreano testou com sucesso na última semana.
Nas últimas semanas, os serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Coreia do Sul já indicaram que consideram "iminente" um novo teste nuclear da Coreia do Norte, com base em imagens de satélite.