A iniciativa será liderada pelo Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e contará com testes em pacientes no México e Peru. Serão 7.500 pessoas não infectadas pelo vírus em 12 capitais utilizando o medicamento, sob acompanhamento médico. Deste grupo, o número de brasileiros será de 3 mil.
O tratamento tem um público alvo específico, esclarece uma das integrantes da pesquisa, a médica Adele Benzaken, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. O chamado "grupo de risco" será o destino da pesquisa sobre o truvada: homens que fazem sexo com homens, transexuais e travestis e trabalhadoras do sexo.
"Esse tratamento já foi altamente estudado não só no Brasil, mas também em outros países do mundo, e o que mostram é que sim, é uma forma eficiente de evitar que a pessoa contraia o vírus HIV. O medicamento é como se fosse um tratamento para o HIV, o que faz com que o vírus não entre nas células", esclarece Adele.
A pesquisa terá inicio em dezembro e tem a duração prevista de três anos. Além dos recursos do Ministério da Saúde, também há um aporte de US$ 20 milhões da Unitaid, uma iniciativa global sem fins lucrativos que atua no incentivo de novos métodos para prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, tuberculose e malária.