A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e vários outros países cortaram os laços diplomáticos com o Qatar em junho, uma semana após a Cúpula Árabe Islâmica Americana em Riade, quando a agência oficial de notícias qatari publicou um discurso em nome da Emir do país em apoio ao Irã. O Ministério das Relações Exteriores do país disse à época que o site da agência havia sido invadido, que o discurso foi publicado por hackers e não refletia a visão do líder do país.
Autoridades dos Emirados, em resposta ao artigo do jornal, refutaram as alegações e disseram que a reportagem é falsa.
"Os Emirados Árabes Unidos não tiveram qualquer papel na supracitada invasão descrita no artigo… O que é verdade é o comportamento do Qatar. Financiando, apoiando e capacitando extremistas do Talibã, Hamas [organizações terroristas, proibidas na Rússia] e Qadafi. Incitando a violência, incentivando a radicalização e prejudicando a estabilidade de seus vizinhos", disse o embaixador dos Emirados Árabes Unidos nos Estados Unidos, Yousef al-Otaiba, como citado pelo jornal.
No final de junho, o Kuwait, como mediador da crise, entregou ao Qatar o ultimato dos quatro estados árabes com 13 demandas, incluindo os pedidos de relações severas de Doha com Teerã, o fechamento da base militar da Turquia no país e o encerramento do canal de notícias Al-Jazeera. Em resposta, o Qatar afirmou que a lista era impraticável e suplantava sua soberania.