Nikulin foi detido na República Checa em 5 de outubro de 2016, com base em uma autorização relacionada a uma denúncia criminal por um tribunal dos EUA. As autoridades dos EUA acusam o nacional russo de supostamente hackear computadores pertencentes aos serviços on-line LinkedIn, Dropbox e Formspring e exigem sua extradição.
"Miller [Jeffrey, agente especial do FBI] ofereceu a Nikulin para concordar em extradição para os Estados Unidos e depois para difamar sua campanha eleitoral [do presidente dos EUA, Donald Trump] na mídia ao mentirar que ele é responsável por hackear os servidores do Partido Democrata. Por seu perjúrio, Nikulin recebeu a promessa de que o processo criminal contra ele seria encerrado, bem como compensação financeira e a cidadania dos EUA", diz a carta, escrita pelo advogado de Nikulin, Vladimir Makeev e reproduzida no jornal.
A equipe jurídica de Nikulin também escreveu uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e pediu-lhe que informasse o Ministério das Relações Exteriores da República Checa de violações dos direitos dos cidadãos russos. O Kremlin exige a extradição de Nikulin para a Rússia, onde também é suspeito de um cibercrime, quando roubou cerca de US $ 3.450 de um residente de Moscou.
Democratas e alguns republicanos acusaram o governo russo de planejar o roubo de dados de servidores de e-mail pertencentes ao Comitê Nacional Democrata (DNC) e a posterior divulgação dos dados pelo grupo como WikiLeaks. O governo russo negou as alegações. Nikulin já tinha vindo há público em maio deste ano denunciando a pressão americana para fazê-lo mentir.