O referendo da oposição questionará a legitimidade da Assembleia Nacional Constituinte, chamada por Maduro e a necessidade das eleições na Venezuela. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral do país disse que os resultados do referendo não terão força legal, pois apenas as autoridades eleitorais têm o direito de realizar tais eventos. A oposição, em resposta, referiu-se ao artigo 71 da Constituição, que permite a realização de pesquisas consultivas.
"Por favor, realize o seu referendo interno dos partidos de direita, muito bem, mas exorto os venezuelanos a participarem pacificamente nos eventos políticos planejados, com respeito às ideias e à paz", disse Maduro no sábado, conforme citado pelo NTN24.
"Não permitiremos qualquer interferência externa nos assuntos da Venezuela, estamos prontos para defender a pátria do imperialismo, nada impedirá que as eleições para a assembleia constituinte aconteçam", disse Maduro, citado pelo radiodifusor.
A Venezuela tem experimentado um período de instabilidade política há muito tempo por causa da drástica situação econômica no país. Os protestos mais recentes entraram em erupção em abril, depois que o Supremo Tribunal do país tentou assumir os poderes legislativos da Assembleia Nacional controlada pela oposição. O Tribunal reverteu a decisão, mas o passo não interrompeu as manifestações em massa.