"Caso Donald Trump não aponte um secretário do Exército forte e qualificado, que exija responsabilidade aos generais e apele a mudança radicais, o exército perderá muito mais do que dinheiro", acredita o analista.
Douglas Macgregor cita os próximos exercícios da OTAN na Bulgária, durante os quais tropas paraquedistas da OTAN terão que desembarcar no território do inimigo convencional, capturar um aeródromo e "reforçar o poderio de combate" para futuras operações.
O especialista chama o evento de "exercícios de simulação de suicídio", o que sabem muito bem tanto os aliados dos EUA na Europa Oriental, como a Rússia. Qualquer operação deste tipo exige que os EUA tenham vantagem no céu, no mar e vantagem sistemática em geral no campo de batalha no território respetivo.
Se os EUA tentassem realizar uma tal operação contra a Rússia, a China ou a Coreia do Norte, países que estão preparados, esses "exercícios" acabariam num abrir e fechar de olhos, assegura o especialista.
"O poder militar se baseia em formações militares, não no número de soldados. Atualmente, o Exército dos EUA está espalhado por todo o mundo, sendo suas formações reminiscências da Guerra Fria", acredita o especialista.
As formações de tropas dos EUA, como elas existem hoje, não estão prontas para ações conjuntas e integradas na "situação militar mais mortífera desde a Segunda Guerra Mundial", considera.
De acordo com o analista, a ameaça de uma situação de crise, semelhante à da Guerra da Coreia nos anos 50, é cada vez maior. Por isso, é possível que a história julgue Donald Trump precisamente pela sua escolha do novo secretário do Exército, concluiu Douglas Macgregor.