Mídia explica por que exército americano 'está se desfazendo'

© REUTERS / Ints Kalnins Soldados do exército dos EUA na Letônia participam da operação Atlantic Resolve da OTAN
Soldados do exército dos EUA na Letônia participam da operação Atlantic Resolve da OTAN - Sputnik Brasil
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O Exército dos EUA se está desfazendo por causa de vários problemas que os generais americanos preferem ignorar, escreve o especialista em história militar e questões de defesa, Douglas Macgregor, para o National Interest.

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Na opinião do especialista militar e antigo coronel, o alto comando do exército norte-americano não entende que já não estamos na época da Segunda Guerra Mundial. Segundo o analista, ele prefere antes gastar bilhões de dólares em tecnologias não testadas que supostamente ajudarão a vencer uma guerra no futuro ou em novas modificações de plataformas e sistemas obsoletos.

"Caso Donald Trump não aponte um secretário do Exército forte e qualificado, que exija responsabilidade aos generais e apele a mudança radicais, o exército perderá muito mais do que dinheiro", acredita o analista.

Douglas Macgregor cita os próximos exercícios da OTAN na Bulgária, durante os quais tropas paraquedistas da OTAN terão que desembarcar no território do inimigo convencional, capturar um aeródromo e "reforçar o poderio de combate" para futuras operações.

O especialista chama o evento de "exercícios de simulação de suicídio", o que sabem muito bem tanto os aliados dos EUA na Europa Oriental, como a Rússia. Qualquer operação deste tipo exige que os EUA tenham vantagem no céu, no mar e vantagem sistemática em geral no campo de batalha no território respetivo.

Se os EUA tentassem realizar uma tal operação contra a Rússia, a China ou a Coreia do Norte, países que estão preparados, esses "exercícios" acabariam num abrir e fechar de olhos, assegura o especialista.

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Outra "desgraça" do exército norte-americano, de acordo com Douglas Macgregor, é que 200 mil militares têm que estar presentes na África, Ásia e no Oriente Médio por causa das operações que Washington está realizando nestas regiões.

"O poder militar se baseia em formações militares, não no número de soldados. Atualmente, o Exército dos EUA está espalhado por todo o mundo, sendo suas formações reminiscências da Guerra Fria", acredita o especialista.

As formações de tropas dos EUA, como elas existem hoje, não estão prontas para ações conjuntas e integradas na "situação militar mais mortífera desde a Segunda Guerra Mundial", considera.

De acordo com o analista, a ameaça de uma situação de crise, semelhante à da Guerra da Coreia nos anos 50, é cada vez maior. Por isso, é possível que a história julgue Donald Trump precisamente pela sua escolha do novo secretário do Exército, concluiu Douglas Macgregor.

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