“Agora estamos testando [os MiG-35]. Os testes de voo vão acabar nos próximos dois anos, após os quais está previsto o início da produção em série da aeronave”, disse Tarasenko, em declarações reproduzidas pela RIA Novosti.
O evento na capital russa marca uma das primeiras exibições do novo avião de combate do país, cujo potencial para exportação vem sendo bastante valorizado pelo Kremlin e por analistas internacionais do setor de aviação.
Tarasenko comentou ainda que a companhia pretende iniciar os acordos comerciais para a aeronave a partir de 2020.
Em março deste ano, a revista Forbes México apontou que há potencial para a exportação do MiG-35, a começar pelo fato de que 29 países possuem o modelo anterior do avião, o MiG-29, cujo “prazo de exploração irá expirar nos próximos cinco a seis anos”, escreveu a publicação.
“Sob tais condições, é economicamente viável para estes operadores começar a transição para novos modelos de aviões de caça do mesmo fabricante”, concluiu a revista.
O MiG-35 pertence à geração 4++ e é considerada uma aeronave ‘transitória’ entre o MiG-29 e um avião de quinta-geração. Não se trata de uma simples atualização do MiG-29 (cujas características são comparáveis ao F-16 dos EUA), mas sim de uma aeronave nova.
Entre as novidades do novo avião estão os motores modernizados RD-33MK com impulso vetorização, radar AESA Zhuk-AE e um reforçado trem de pouso.
Além disso, o caça pode alcançar velocidades de 2.400 km/h e um alcance de voo de até 3.000 quilômetros (com tanques de combustível externos). Por fim, o MiG-35 é capaz de carregar em seus 10 pontos de ancoragem externos aproximadamente 6,5 toneladas de carga útil (mísseis e bombas).