Em entrevista ao The New York Times, Trump afirmou que não teria nomeado Sessions para o cargo se soubesse que ele pediria para ser afastado da investigação sobre a suposta tentativa de ingerência da Rússia nas eleições de 2016.
"Como você pega um emprego e depois se recusa (a trabalhar)?", indagou Trump na entrevista.
As críticas do presidente ofuscaram uma coletiva de imprensa de Sessions para falar sobre a derrubada de um comércio ilegal de drogas na internet. Os repórteres presentes ignoraram o assunto e perguntaram ao procurador-geral sobre sua disposição para manter-se no cargo e sobre seu relacionamento com Trump.
"Eu tenho a honra de servir como procurador-geral. É algo que vai além de qualquer pensamento que eu já tive de mim mesmo", disse Sessions. "Nós amamos esse trabalho, nós amamos este departamento e eu planejo continuar a fazê-lo enquanto for apropriado".
A porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders também foi indagada sobre a relação entre o procurador-geral e Trump e afirmou que Sessions é da confiança de Trump "ou ele não seria o procurador geral".
Durante a campanha presidencial, Sessions foi o primeiro senador a apoiar publicamente Trump — à época, ele era senador pelo estado de Alabama.
Entretanto, a agência Associated Press conversou com membros do Departamento de Justiça — responsável pela procuradoria-geral — e assessores de Trump e há relatos de um desgaste na relação.
A agência afirmou que Sessions chegou até mesmo a dizer a Trump que estaria disposto a deixar o cargo, mas o presidente não teria aceitado a oferta.