"Não quero outro Maidan, mas [Jaroslaw ] Kaczynski e a maior parte do Lei e Justiça [partido governante, PiS, na sigla em polonês] fazem tudo para chegar a uma situação semelhante", disse Grzegorz Schetyna em uma entrevista à cadeia de TV Polsat.
Em 19 de julho, o líder do PiS perdeu a paciência, chamando os membros da oposição de "canalhas", "assassinos" e "traidores" por usarem o nome de seu irmão, Lech Kaczynski, falecido em um acidente aéreo na Rússia, como argumento contra o projeto de reforma da Corte Suprema.
"Não pronunciem o nome de meu irmão com suas bocas traidoras, vocês o destruíram e o assassinaram", disse Jaroslaw Kaczynski.
Schetyna expressou a esperança que Kaczynski peça desculpas aos deputados da oposição.
"Estas palavras são inexplicáveis, não podem ser justificadas de maneira alguma", sublinhou.
O avião do presidente polonês, Lech Kaczynski, um Tu-154 de produção russa, despenhou-se em 10 de abril de 2010 perto da cidade russa de Smolensk, ao realizar a manobra de aterrissagem em meio a um forte nevoeiro, sem condições de visibilidade.
No acidente não sobreviveu ninguém dos oito tripulantes e 88 passageiros, integrantes de uma delegação governamental que viajava à Rússia.
De acordo com os resultados da investigação russa, anunciada no início de 2011, a principal causa da tragédia foi a decisão dos pilotos poloneses de aterrissar em um contexto de condições climáticas desfavoráveis.