Hoje em dia, a maioria dos astrônomos acha que buracos negros supermaciços teriam aparecido na juventude do Universo a partir dos chamados buracos negros primordiais, um estado intermediário entre buracos negros supermaciços e convencionais, que também se definem como "embriões" de buracos negros.
O astrônomo Aleksandr Dolgov, do Instituto de Física Teórica e Experimental da Academia de Ciências da Rússia, e o seu colega Konstantin Postnov, da Universidade Estatal de Moscou, descobriram que tais "embriões" poderiam ter desempenhado um papel-chave na formação de todas as galáxias.
Além disso, os astrônomos russos chegaram à conclusão que tais buracos negros poderiam ter "dirigido" o aumento de galáxias e controlar sua forma e massa, e não o contrário, como acreditam hoje muitos astrofísicos.
Baseando-se nesta ideia, os cientistas calcularam como mudava a forma das galáxias dependendo da variação das acumulações esféricas e da massa dos buracos negros no seu centro. Foi descoberto que os buracos negros desempenharam o papel principal no nascimento de galáxias elípticas e espirais, fazendo com que elas se formassem mesmo quando estava ausente o anel de matéria escura, que hoje se considera o principal fator do aparecimento de galáxias.
Tal cenário de formação de galáxias pode explicar, segundo acham os especialistas, um dos maiores enigmas cosmológicos — por que as primeiras galáxias possuem uma massa elevadíssima e buracos negros muito pesados, cuja existência os cientistas antes não podiam explicar.