O grupo formado pelos principais países árabes anunciou ainda que haverá uma reunião de emergência na próxima quarta-feira, na qual será discutida a violência perpetrada entre israelenses e palestinos nos últimos dias.
A escalada da situação fez com que Tel-Aviv ordenasse o envio de mais tropas para a região religiosa de Templo Mount, sobretudo após a revolta que a instalação de detectores de metais causou perante os palestinos que peregrinam para esse setor da Cidade Velha.
“Jerusalém é uma linha vermelha que os muçulmanos e os árabes não podem permitir ser atravessada… e o que está acontecendo hoje é uma tentativa de impor uma nova realidade na Cidade Santa", disse o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, em um comunicado.
“O governo israelense está brincando com fogo e arriscando uma grande crise com o mundo árabe e islâmico”, continuou a nota. A reunião da Liga Árabe acontece na próxima quarta-feira, no Cairo (Egito).
Dois dias antes, o Conselho de Segurança da ONU realiza um encontro para discutir os novos episódios de violência entre israelenses e palestinos. A reunião foi solicitada por Suécia, Egito e França e o temor é que mais episódios sangrentos sejam registrados – algo já alertado por comandantes militares israelenses.
Na sexta-feira, um palestino esfaqueou três israelenses e, algumas horas mais cedo, três palestinos foram mortos. Em Jerusalém, no sábado, a polícia israelense usou equipamentos antidistúrbios para dispersar dezenas de palestinos que jogaram pedras e garrafas contra eles.