Muita atenção é dada às altas tecnologias e não é por acaso, visto que é impossível imaginar o futuro da Marinha sem elas. Hoje em dia as potências mundiais testam novas armas quase diariamente: armas de laser, drones, aeronaves hipersônicas, todas elas são criadas de acordo com os princípios físicos mais recentes.
"Se antes, para realizar alguma tarefa importante, precisávamos de uma esquadra inteira, agora esta pode ser cumprida por um par de navios com alto suporte informacional e defesa radioeletrónica. Hoje em dia tudo se baseia nas altas tecnologias: a coleta de informação, a aquisição de alvos, os sistemas de guerra eletrônica, as armas de alta precisão. Estes são elementos determinantes ", afirmou Popov à Sputnik.
Porta-aviões e defesa aérea
Atualmente, a Marinha da Rússia conta como múltiplos navios de combate, tanto de superfície, quanto submarinos. Nos próximos 10-15 anos, a Rússia vai precisar de porta-aviões, considera Popov, mas não de porta-aviões simples. O país tem que apostar nas versões multifuncionais, principalmente, nos navios capazes de garantir a defesa aérea nas fronteiras marítimas.
"Precisamos de porta-aviões universais para duas frotas, a Frota do Norte a do Pacífico. Estes navios vão cumprir tarefas de defesa aérea e terão capacidade de atacar alvos costeiros e marítimos", opina Popov.
Mísseis hipersônicos
A nova doutrina naval russa destaca que a concorrência global segue crescendo e que a Rússia pode enfrentar pretensões territoriais. Entre outras ameaças estão o terrorismo, a pirataria, o tráfico de armas e de drogas.
Oleg Ponomarenko, especialista militar, considera como realistas as perspectivas de desenvolver armas hipersônicas para a Marinha russa, mas sublinhou que isso poderá ser insuficiente.
"Falando do lado técnico do assunto, é um objetivo realista. Mas ter mísseis hipersônicos é apenas uma das tarefas", declarou ele para o serviço russo da Rádio Sputnik.
O especialista chamou a Marinha da Rússia de uma das mais poderosas do mundo, apelou a passar das tecnologias soviéticas para as tecnologias mais modernas e lembrou o potencial crescente das outras marinhas, especialmente a da China.