De acordo com o jornal, a empresa Volkswagen do Brasil teria participado da perseguição política dos oponentes do regime. Nomeadamente, a companhia vigiava seus próprios funcionários, criando "listas negras" que indicavam os ideais políticos de cada um. Posteriormente, estas informações eram transferidas à polícia política, serviço de segurança responsável por este processo, escreve o Suddeutsche Zeitung.
Além disso, a então administração da filial brasileira da Volkswagen autorizava que a polícia secreta do Brasil detivesse seus funcionários mesmo no território da fábrica em São Paulo.
A direção central da empresa em Wolfsburg, Alemanha, preferiu não comentar o assunto e espera receber até o fim do ano uma avaliação do historiador Christopher Kopper.
"Posso dizer que os serviços de segurança da Volkswagen do Brasil cooperavam regularmente com a polícia do regime", partilhou Christopher Kopper conclusões preliminares com o jornal alemão.