A visita de Jason Greenblatt se está realizando depois de mais de uma semana de tensões no complexo da mesquita de Haram al-Sharif, conhecida para os judeus como o Monte do Templo, sendo uma questão central no conflito israelo-palestino.
As autoridades de Israel haviam instalado detectores de metal na entrada no local, que inclui a mesquita Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, como resposta aos ataques de 14 de julho quando dois policiais foram mortos.
Os palestinos consideram esse passo como Israel criando um maior controle sobre o local. Em protesto, eles recusaram entrar no complexo e rezam nas ruas fora dele.
Durante os protestos contra as medidas, eclodiram confrontos deixando cinco palestinos mortos.
Na sexta-feira passada (21), um palestino invadiu uma casa em um assentamento judeu na área da Cisjordânia ocupada e esfaqueou três israelenses até a morte.
Ahmed Abul Gheit, o chefe da Liga Árabe, acusou no domingo (23) Israel de "brincar com o fogo" implementando as novas medidas de segurança, e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan as chamou de insulto ao Mundo muçulmano.
O Papa Francisco disse que estava seguindo os eventos com preocupação e apelou ao diálogo e moderação das partes.
As principais orações muçulmanas semanais de sexta-feira, que tipicamente atraem milhares a Al-Aqsa, levaram a situação à ebulição.