Crise na relação: China se prepara para problema potencial com a Coreia do Norte

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A China está se preparando para uma crise em potencial com a Coreia do Norte, e para isso vem reforçando as suas defesas ao longo da extensa fronteira que divide com o vizinho asiático, de acordo com reportagem do The Wall Street Journal.

Segundo a publicação estadunidense, o governo chinês reforçou a brigada localizada na fronteira e vem construindo abrigos para civis que vivem na região.

A iniciativa chinesa vem sendo conduzido há pelo menos 11 anos, desde o primeiro teste nuclear realizado por Pyongyang em 2006, incluindo a construção de uma cerca na fronteira e a implementação de patrulhas para vigiar a área.

Contudo, houve um incremento nos últimos meses nas iniciativas de defesa da China na fronteira com a Coreia do Norte. Segundo fontes militares chinesas ouvidas pelo jornal, tropas foram realinhadas no nordeste do país justamente em razão da preocupação de Pequim com a escalada das tensões na região.

Oficialmente, o governo chinês declarou em várias oportunidades que não há saída militar para a crise na Península Coreana, devendo-se buscar uma saída diplomática – algo que não parece crível no momento, dada as exigências de Washington e Pyongyang, que não aceitam ceder em suas próprias demandas para iniciar qualquer negociação.

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Pequim vem recebendo forte pressão dos Estados Unidos para interceder junto ao regime de Kim Jong-un, mas a falta de resultados já gerou críticas do presidente norte-americano Donald Trump.

Ao mesmo tempo que defende uma solução negociada para a crise na península, a China vem passando por uma ampla modernização das suas forças militares, sobretudo em razão das suas próprias disputas com vizinhos asiáticos por ilhas consideradas importantes na Ásia – e que podem conter petróleo e outras riquezas naturais, daí a necessidade de ter influência política e militar.

Na última segunda-feira, o porta-voz do Ministério de Defesa chinês, Wu Qian, afirmou que não poderia responder a uma pergunta “hipotética” sobre como os militares chineses responderiam a uma eventual guerra na Península Coreana. Para especialistas, não restaria alternativa a Pequim em ficar ao lado de Pyongyang, sua aliada histórica.

A queda de Kim Jong-un não é algo que interessa ao governo chinês, de acordo com analistas internacionais. Uma reunificação conduzida por Seul poderia colocar tropas dos EUA na fronteira do país, algo que Pequim não tem qualquer interesse em permitir.

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