Nos últimos anos, os habitantes da Espanha, do Caribe e de algumas outras regiões têm observado um fenômeno estranho: "chuvas sangrentas" e marés vermelhas, que foram consideradas por muitas pessoas religiosas como um sinal do fim do mundo. Evidentemente, não há nada de sobrenatural nestas chuvas e marés – as anomalias surgiram por causa do florescimento rápido das algas marrom.
Marés vermelhas são muito perigosas para outras espécies microbianas e para aves e peixes, porque este tipo de algas segrega brevetoxina, que é altamente letal, e outras substâncias perigosas.
Skarlato e seus colegas conseguiram desvendar o segredo destes microrganismos observando microalgas Prorocentrum minimum que recentemente foram encontradas no mar Báltico e suplantaram plenamente as espécies de plâncton que habitavam no mar. Grandes colônias destes micróbios formam machas nas zonas costeiras da Rússia e dos países bálticos, ameaçando as populações piscícolas e a saúde humana.
As algas têm diferentes instrumentos e meios que as ajudam a sobreviver em condições adversas. Por exemplo, se a água tem salinidade muito baixa elas aumentam rapidamente o ritmo metabólico para compensar as perturbações que afetam o funcionamento do DNA e das proteínas.
A combinação destes fatores explica por que a epidemia de marés sangrentas está fora de controle no mar Báltico. A capacidade de sobreviver em condições adversas e de metabolizar diferentes classes alimentícias contribuiu para a sua colonização dele.
Segundo Skarlato, recolhendo dados sobre estas algas os cientistas poderão prever e controlar sua colonização dos mares.