A possibilidade de ajuda na regulação do conflito fronteiriço entre os países africanos é manifestada tendo como fundo o aumento da presença militar da China na África, acredita a Associated Press.
"A China tenta agir como um jogador político que pode regular os conflitos na região. Ainda não é claro se a China vai conseguir lidar com este objetivo porque não tem experiência suficiente […] Não estou certo que a China possa lidar completamente com o problema. Mas o fato de a China anunciar sua disponibilidade para realização da operação de manutenção de paz sinaliza que a China se está tornando gradualmente um centro de poder político. E isso deve preocupar mais os EUA do que a Rússia", acrescentou à Sputnik China o analista russo Vladimir Evseev.
De acordo com ele, a participação ativa da China nas atividades de manutenção de paz de fato comprova a intenção de reforçar sua presença militar na África.
Entretanto, o ex-embaixador da China na Eritreia Shu Zhang afirma que a mediação possível da China na regulação do conflito nada tem a ver com o envio do contingente militar chinês para a base em Djibuti e não sinaliza uma revisão da política de não interferência.
July Satellite Pics Reveal Underground Construction @ #China's Base in #Djibouti
— ISS Naval News (@NavalNews) 26 de julho de 2017
CNN, July 26, 2017https://t.co/Z9tc2HHF9Q
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A China também mostra seu interesse na intermediação em outras regiões. Assim, a China ofereceu ajuda à Palestina no conflito com Israel, bem como acrescentou sua vontade de ajudar a diminuir as tensões na fronteira entre a índia e o Paquistão e no golfo Pérsico entre o Qatar e o grupo de países árabes.
Djibuti acusa a Eritreia de ocupação da montanha de Doumeira e da Ilha de Doumeira que o país considera como territórios de sua soberania. A ocupação aconteceu após o Qatar retirar as suas forças de paz da região após Djibuti ter tomado a decisão sobre diminuição do nível das relações diplomáticas com o país seguindo o exemplo de outros países árabes.