Segundo os termos do acordo, a Marinha de Israel deveria receber três submarinos modernizados da classe Dolphin.
De acordo com a edição, a suspensão da assinatura coincidiu com a inquirição na divisão de investigação da polícia israelense Lahav 443 do general na reserva Amos Gilad, ex-chefe de assuntos políticos e militares do Ministério da Defesa de Israel. Segundo a edição, Gilad prestou declarações voluntariamente. O comunicado das Forças da Segurança nota que não foram encontradas quaisquer provas e que a investigação é preliminar.
Atualmente, em Israel foram detidos e colocados em prisão domiciliar alguns funcionários públicos de alto nível. Entre eles estão David Shimron, o advogado pessoal do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, o empresário Miki Ganor, o ex-vice-chefe do Conselho de Segurança Nacional Avril Bar-Josef e o ex-comandante da Marinha de Israel Eliezer Marom.
Shimron, que anteriormente trabalhava na representação israelense do grupo industrial alemão ThyssenKrupp, é suspeito de fazer lobby ilegal a favor da empresa e de pressão sobre a chefia de Israel para assinatura do contrato. Além disso, o lobby pelo contrato estava acontecendo a despeito das objeções dos militares, incluindo o ministro da Defesa, Moshe Ya’alon. Enquanto isso, o próprio Ya’alon testemunhou contra Benjamin Netanyahu, comunicando sobre contatos do primeiro-ministro israelense com funcionários públicos alemães quanto à compra de submarinos e navios de fabricação alemã.
Os três submarinos da classe Dolphin modificada deverão ser fornecidos a Israel ao longo dos próximos dez anos para substituir os três primeiros submarinos desse projeto fornecidos nos anos de 1990. No total, atualmente Israel possui cinco submarinos da classe Dolphin, incluindo três do projeto inicial e dois modificados.