Paralelamente, o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) alerta que, nos finais do ano, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos poderá ficar sem dinheiro caso o Congresso não eleve o teto da dívida.
Ao mesmo tempo, o mercado americano está começando a considerar que o encerramento do governo dos EUA por duas semanas é um cenário possível, algo que se traduziria em a administração de Trump não ter dinheiro para pagar todos os serviços públicos.
De acordo com o CBO, caso o teto dos gastos permaneça na mesma, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ficará sem fundos já em meados de outubro do ano corrente, o que conduzirá a demoras nos pagamentos de programas e atividades governamentais, ao incumprimento da dívida ou a ambos ao mesmo tempo.
"Em conformidade com as avaliações do Escritório do Orçamento, se estima que caso o teto da dívida não suba, o mais provável será que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos fique sem dinheiro. O CBO calcula que o déficit deste ano será de US$ 693 bilhões, mais 134 bilhões do que se esperava em janeiro", afirma a entidade.
De acordo com a instituição estatal, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos tem estado aplicando desde 2015 e até agora "medidas extraordinárias" para obter empréstimos durante um período de tempo limitado.
Para evitar tal situação, o CBO propõe que o governo aplique seis medidas, a maioria das quais se baseia em suspender a emissão de títulos do Estado.
A crise de dívida nos EUA é um tema recorrente todos os anos e um perigo permanente para o país. A menos que o presidente norte-americano, Donald Trump, e o Congresso dos EUA unam esforços para combater o crescimento da dívida pública, o futuro de Washington permanecerá nebuloso.