O asteroide tinha 25 metros de largura (mais ou menos três ônibus) e 78 metros de comprimento (aproximadamente a envergadura de um Boeing 747). O objeto passou pela Terra sem ser detectado devido à sua superfície escura e não reflexiva, dificultando a sua visualização nos telescópios.
A modo de comparação, o asteroide que explodiu nos arredores de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, que feriu quase 1.500 pessoas e causou dezenas de milhões de dólares em danos, era de 17 e 20 metros de comprimentos.
O incidente, portanto, é um motivo de preocupação. Um asteroide desse tamanho, ao atingir uma cidade, pode provocar a morte de centenas de milhares de pessoas. O meteoro de Tunguska, em 1908 por exemplo, destruiu 1240 quilômetros quadrados de floresta na Sibéria e liberou mil vezes mais energia do que a bomba atômica que foi lançada contra Hiroshima, no Japão, em 1945.
A NASA estima ter descoberto 90 por cento de todos os objetos nas proximidades da Terra e maiores que um quilômetro de comprimento. No entanto, há inúmeros asteroides menores que ainda podem causar danos catastróficos à humanidade se atingirem a Terra.
"Os astrônomos encontram asteroides próximos à Terra todos os dias e a maioria é inofensiva. Mas ainda é possível que o próximo Tunguska nos surpreenda e, apesar de sermos muito melhores em encontrar asteroides maiores, isso não nos ajuda se não estivermos preparados para fazer algo sobre eles", disse Alan Fitzsimmons, especialista em asteroides da Queen's University em Belfast, também em junho.