Mas, afinal, o que é um aparelho pirata?
Cada celular é dono de um número único, o IMEI. "É como se fosse um chassi de automóvel", esclarece o professor de engenharia elétrica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Orlando Bernardo, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil. E existem aparelhos irregulares, que foram roubados, por exemplo, que podem utilizar um IMEI falso ou de outro celular para conseguir acesso à rede das operadores de telefonia.
Estes celulares poderão ser desligados, mas a decisão sobre o assunto vem sendo adiada desde 2014 e causa polêmica. Para Bernardo, trata-se de uma medida difícil de ser implantada tecnicamente.
"Existe uma dificuldade em se fazer isso. Se o ladrão trocar o IMEI, como a operadora saberia? Ela poderia saber apenas fazendo cruzamento de informações. Isso não depende só de uma operadora, elas precisam interagir entre elas, inclusive com as operadoras de outros países. Então não é uma tarefa fácil de ser feita", diz o professor da UERJ.
Orlando Bernardo também afirma que os chips de celulares são vendidos de forma pouco regulada no Brasil e que um maior controle em sua comercialização ajudaria a combater a proliferação de aparelhos piratas.
A assessoria de imprensa da Anatel informou que o assunto será decidido pelo Conselho Diretor da entidade, mas ainda não há uma data prevista para a deliberação.
A Sputnik Brasil também procurou o Sinditelebrasil, sindicato que reúne as operadoras móveis brasileiras, mas o órgão diz que espera a definição das regras pela Anatel para se pronunciar.
Como descobrir seu meu aparelho é pirata?
1) Faça uma "ligação" para o número *#06#, para seu IMEI ser exibido.
2) Encontre o IMEI na caixa do aparelho e na sua nota fiscal.
3) Compare os números. Caso eles sejam diferentes, é possível que o aparelho seja pirata.