Em entrevista à rede norte-americana CNN, o coronel do Exército estadunidense Ryan Dillon declarou que “a coalizão apóia apenas as forças comprometidas em lutar contra o Daesh”. Tal decisão já gerou pelo menos uma deserção de um grupo rebelde na Síria.
O Pentágono refere-se aos seus aliados locais no sudeste da Síria como “Oposição Síria Crítica”, um nome que destaca o fato de que muitos desses militantes se organizaram em oposição ao governo de Assad.
Tal grupo difere das Forças Democráticas da Síria, que é maior e que mistura combatentes curdos e árabes que estão lutando para expulsar o Daesh de Raqqa, no norte da Síria.
Essas forças vitoriosas da oposição síria estão sendo treinadas e equipadas por consultores militares dos EUA e da coalizão na base At Tanf, que fica perto da área de tríplice fronteira entre a Síria, a Jordânia e o Iraque.
Nos arredores da base fica a zona estabelecida pelos EUA e pela Rússia, criada para evitar confrontos entre forças pró-regime de Assad e forças da coalizão e seus aliados locais.
“Não estamos no negócio de lutar contra o regime. Eles não podem ter múltiplos objetivos e precisamos estar focados na luta contra o Daesh”, disse um funcionário da coalizão dos EUA na Síria à CNN. Um grupo chamado Shohada Al Quartyan deixou a coalizão para manter a sua luta contra Assad.
A mudança de tom de Washington acerca do conflito sírio se deu com a confirmação de que a administração de Donald Trump iria encerrar o programa para armar as forças rebeldes contrárias ao regime de Assad – material este publicado pelo jornal The Washington Post.
O próprio Trump, porém, já declarou em mais de uma oportunidade não ser “fã” do presidente sírio. Contudo, a prioridade para a Casa Branca é a derrota do Daesh, uma promessa de campanha do republicado em 2016.