Entre os condenados pela Corte está um estudante norte-americano, Mujtaba al-Suweyket.
Os protestos naqueles dois anos integraram a Primavera Árabe e, de acordo com a Anistia, os manifestantes foram acusados em julho de 2016 por “rebelião armada contra o governo”, “incitação ao caos”, “uso de coquetel molotov”, e “disparo contra seguranças”.
“Ao confirmar essas sentenças, as autoridades da Arábia Saudita mostraram seu implacável compromisso com o uso da pena de morte como uma arma para esmagar a dissidência e neutralizar os adversários políticos”, disse Samah Hadid, diretora de campanhas para o Oriente Médio na Anistia Internacional.
“A assinatura do rei Salman é agora tudo o que está entre eles e suas execuções. Ele deve anular imediatamente essas sentenças de morte que são resultado de procedimentos judiciais simulados, que descartam descaradamente os padrões internacionais de julgamentos justos”, completou.
Já a Federação Americana de Professores (AFT, na sigla em inglês) disse que, em caso das execuções serem levadas a cabo, a “Arábia Saudita deve ser considerada uma nação pária para o resto do mundo”.
“Nós imploramos ao presidente [Donald] Trump, como o líder da nossa grande nação, fazer tudo ao seu alcance para impedir as atrocidades que ocorrem na Arábia Saudita”, acrescentou.
Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 66 pessoas foram executadas na Arábia Saudita desde o início de 2017, incluindo 26 só nas últimas três semanas.